12ºCapitulo - Resaca xD
Nao está nada de especial...
Mas... se quiserem leiam, se nao quiserem nao leiam!
Para quem vai ler! Divirtam-se!
Quando chegamos a casa o Din e a Miriam ainda não tinham chegado. Estavamos sozinhos.
Abri a porta e sentei-me no sofá. Estava a começar o D.House e decidi ver.
Fui buscar um iogurte para comer.
-Queres comer alguma coisa?
- Não me apetece! Agora anda para aqui! – disse o Ian a sorrir.
Fui para o sofá. Ele estava a deitado de lado, e eu fui me deitar também.
Ele encaixou-me a cabeça debaixo do queixo dele.
- Confortável? – e assenti com a cabeça.
O meu telefone tinha que interromper o momento.
Imma be, Imma be … os black eyes peas ouviram-se pela sala toda.
Suspirei e estiquei o braço para chegar a ele …
- Estou?
‘Estou Ree?’
- Olha quem é ele… Tudo bem? - Era um ex namorado meu…. O Pedro! É super divertido e continuamos amigos depois de acabarmos… muito amigos até!
Percebi que o Ian, por mais que quisesse disfarçar, estava a ouvir a conversa com toda a atenção.
‘ Sim e Contigo?’ ele tinha mesmo uma voz espetacular :D
- Tambem! Aliás estou sempre bem!
‘ Humm! Ainda bem querida! Olha tens planos para hoje á noite?
É que eu tenho hoje a minha casa vazia e…’
Pronto… eu já sabia. Isto no Pedro é frequente, embora eu recose sempre.
Ainda sou virgem, e esse foi um dos motivos para acabar com o Pedro.
- Hummm! Já estou a perceber… Mas… Pedro eu continuou…
‘ Ah! Ok! Continuas virgem… ok, ok! Nao te preocupes querida! Eu compreendo…’
- És um rapaz impecável! Ficas bem?
‘Claro miúda! Cuida-te! Beijnhos!’
- Beijinhos!
E desliguei…
Olhei para o Ian e…
- Estás com ciúmes?
Ele estava com uma cara… Meu deus. Como se quizesse apertar o pescoço a alguém!
- O quê? De quem?
Ele não me enganava :D ele estava ruidinho de ciúmes.
- Que giro! Estás com ciúmes… - e piquei-o mais…
Sentei-me novamente no sofá. Mas agora o Ian já não estava deitado.Estava praticamente sentado a olhar para mim.
- Como se tivesse motivos... – Respondeu com aquelo sorriso sarcástico, que eu odeio, ou talvez ame! Não sei… é tipo amor/ódio.
- O quê? Estás a dizer que eu não era capaz de ir para a cama com ele? – Detesto quando me controlam desta maneira. Se eu quizer, eu faço e pronto!
- Não é que não tinhas coragem! Mas tu não queres…- E piscou-me o olho.
O meu problema é que não o queria admitir. Não a ele. Sim é verdade. Eu não quero mais ninguém, sem ser o Ian. E tenho medo. Tenho medo que ele se aperceba disso, e mude.
- Mas…
. Sim? Perguntei curiosa… Ele pegou-me na cintura e deitou-me, colocando-me praticamente em cima dele.
- Tu já foste para a cama com ele? – perguntou a medo…
UAU! Estava mesmo com ciúmes … Eu gosto disso.
Tinhamos que falar nisto. O Ian provavelmente já não é virgem. Claro que não é. Quero dizer… ele tem 22 anos e é homem.
Eu, não é que não tive oportunidade, porque tive muitas… Só que nunca quis. Quero fazer isso com a pessoa certa.
- Não…
De repente, senti algo que talvez sentira poucas vezes antes. Estavamos ali sozinhos, a olharmo-nos nos olhos, depois duma noite em que choramos, rimos e amamos.Nao me consegui conter.
Peguei na camisa dele pelo colarinho e beijei-o. Ele correspondeu ferozmente ao meu estímulo e pegou na minha cintura e encostou-me ao outro lado do sofá, ficando ele por cima. As minhas mãos percorreram-lhe a nuca, e agarraram os seus cabelos. Ele estava apoiado com as mãos no sofá, e percebi que ele fazia isto para não perder o controlo.
Definitivamente tudo nele me atraia. Até a maneira de ele andar. O aspecto perigoso dele, mas que eu considero seguro.O olhar forte e implacável, mas que eu considero terno e sedutor…
O meu corpo estava acorresponder perigosamente ao corpo do Ian, por exemplo, as pernas fraquejarem? Quero dizer, que raio é isso? Podia pensar que seriam as hormonas, mas o meu coração por vezes parcia bater tanto que poderia saltar a qualquer momento. Decididamente não era só o físico.
Explorava e saboreava a boca dele, quando ouvi o som de uma chave a entrar na fechadura. A maçaneta rodou. Sentei-me logo e tentei-me recompor. O mesmo aconteceu com o Ian, mas tarde demais
- O que é que se esta a passar? – e surpreendentemente o Din não estava a gritar. Alias, estava camo e sereno, como se já estivesse á espera do que tinha visto.
- Nada… - respondi apressadamente.
- Pois, tabem – respondeu pouco convencido, e foi para o quarto.
Fechou a porta mas abriu-a outra vez. Virou-se para o Ian e disse:
- Ele é minha irmã, ok?! Cuidadinho com o que fazes. E fechou outra vez a porta.
Ian virou-se para mim – Tu aproveitaste-te de mim! – acusou-me com um sorrisinho de humor negro.
- Processa-me! e arqueai a sobrancelha. Beijo-o. Desta vez foi menos ofegante, mas não menos bom. Mordi-lhe o lábio. Ele geme-o e olhou para mim supresso mas ao mesmo tempo deliciado.
- Não te resisto, não tenho culpa! Defendime!
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O domingo esta nublado. Parecia que ia chover. Mas apesar do clima estar fanhoso, no meu mundo estava um dia radiante cheio de sol.
Tinha o meu amor comigo, literalmente.
Tinha-mos adormecido no sofá juntos. A televisão ainda estava ligada. Senti o peso do braço do Ian a rodear-me a barriga. O que me faz acelerar a respiração.
Por falar em respiração… sentia a dele no meu pescoço. Era calma e serena. Sexy acima de tudo.
Levantei-me com o barulho do despertador do telemóvel, mas a verdade é que estive acordada desda hora em que os pássaros começaram a cantar.
O Ian nem tinha acordado com os pássaros, nem com o telemóvel [embora eu nem o deixasse tocar mais de 2 segundos], apesar de se ter mexido.
É claro que eu não esquecera que eu tinha problemas e, aliás, muitos. Um deles o facto de ter um namorado vingativo. E vi uma faceta dele na noite anterior que não gostei. Quando ele ameaçou aquele tal thiago, aquele olhar feroz… Não gostei de o ver assim…Mas de que valia eu estar a pensar nisso?! Nada.
‘Que se lixe!’ pensei. Tinha que pensar no bom da situação.
Uma delas é claro, foram as palavras que ele me disse antes e depois do nosso beijo. Aquelas palavras ficariam para sempre marcadas na minha alma. Ai senti que ele estava a ser ele mesmo. Que me estava a desvendar o seu mais intimo. Estava a confiar em mim. Estava a abrir-se para este sentimento estranho que nos une.
A questão é que quando ele conversa comigo está sempre com aquele humor divertido e brincalhão ou, quando fala de coisas desagradáveis como de crimes que cometera ou da morte dos pais, parece simplesmente vazio, mas naquele momento não.
E, de repente, senti-me cheia por um sentimento embriagante, como a última gota de orvalho sob o sol do meio dia, como a última estrela que brilha num céu nublado, esperança. Eu não sabia como, mas simplesmente carregava comigo a fé de que conseguiria mudar as coisas, conseguiria ultrapassar todos os problemas e, no final, não haveria mais obstáculos.
Tinha uma mensagem no meu telemovel…
Ree,
Trouxe a Cat para minha casa…
Eu de manha tenho de ir a um sitio e não vou lá estar…
Por isso telefona-lhe quando acordares para ela não se assustar…
Beijos,
Kyle