13º Capitulo - Cartas na mesa - 1º Parte
Eu sei que já nao escrevo a algum tempo...
Mas eu queria avançar com a historia ... e
Agora vou começar a publicar todas as sextas e segundas!!!
Beijinhos meus amores....
e eu sei que é pequenino... mas sexta á mais e maior !!! xD
Gostem !
Eu ri-me também. Eu gostava de o picar no assunto do Pedro. Adorava ver o Ian com ciúmes.
- Amanhã vou chegar um bocadinho mais tarde. – Informou.
- Ãh? Porquê?!
- Porque vou ter uma reunião com a May á tarde. – Disse despreocupado. Aquela May! Nunca foi á bola com ela. Era ela que tratava da publicação dos livros do Ian e isso…
Olhei para o Ian com uma cara de admiração. Ele ia ter uma ‘reunião com a Mayizinha’ em vez de estar comigo?!
Ele revirou os olhos e sorriu. Percebeu os meus ciúmes.
- Não tenho nada com a May. – Defendeu-se.
- Ela passa a vida a ter ‘reunioezinhas’ – e fiz o sinal de aspas com as mãos – com o MEU namorado!
- Ela não me deu bombons de amora.
- Sorte a dela. – Sorri ameaçadoramente.
- Hum, que perigosa.
E beijou-me. Comecei a pensar na nossa relação e distrai-me um bocadinho do beijo
- Qual é o problema?
- Não é nada.
- Vamos ter sempre esta conversa? Tu esqueceste que estás aqui, eu pergunto o que é que se passa e tu dizes que não se passa nada.
- Sinceridade... Achas que esta relação tem futuro?
- Então é isso. – Ele chegou ao assunto rapidamente.
Era mesmo isso. Eu queria saber, afinal, se a nossa relação iria durar ou não. Se era uma coisa séria para ele…
Começou a falar com calma.
- Tu sabes que esta não era a minha vida. Eu a esta hora devia estar… bem, tu sabes. E eu deixei isso por tua causa. E não fazia isso por qualquer uma, aliás nunca fiz.
Olhei-o nos olhos e reparei nos seus olhos verdes que pareciam muito mais claros e calmos do que anteriormente. Eu sabia que era verdade e estava feliz por o saber, ele continuava a investigar, mas era só para prevenir. A ideia de matar estava posta de lado, por enquanto.
- Mas eu não posso ter nada mais serio contigo… - e retirou-me uma madeixa de cabelo da frente da minha cara – Se a associação descobre que eu tenho uma relação contigo… é capaz … - e ai estranhamente, estremeceu – É muito perigoso para ti…
- Estás a tentar dizer que não devemos…? – perguntei confusa….
- Não. Apesar deste meu erro de te envolver demasiado no perigo, eu neste momento, amo esse erro – e apertou-me mais contra si – Tambem sou demasiado egoísta. – disse já a rir.
- Estas sempre a dizer que é um erro teu. Como se fosses um ‘mostro’ - e esta ultima palavra disse-a com repugnância. Achava tudo do Ian, menos ele ser um mostro.
Suspirou fundo e disse:
- Mas talvez seja, Ree. Eu não sou um peseodo-assassino do cinema… Eu mato, Ree! E mato a sério… O inferno está-me destinado…
- Precisas mesmo de ler uns livros de auto estima…
Ele riu.
- Tu nem te importas, pois não?
- Não… Quer dizer, antes estava, mas agora já não. Já não sinto medo… e acerca do que tu fizeste… está feito, e não se pode voltar atrás. Só te perguntei para ter a certeza que isto não era uma brincadeira…
E riu-se mais uma vez. Eu sinceramente não estava a ver onde é que estava a piada, mas pronto!
- Não é a brincar…
- Como é que sabes? Quer dizer… as relações humana nunca foram fáceis… Quantos casamesntos lindos e perfeitos terminaram num divorcio? Quantas ‘amigas para sempre tive que nem duraram 2 anos
- Tu tens uma visão muito pessimista da realidade…
- Olha m’este! Passas-te agora para o lado hippie foi? – E encostei a minha cara mais á dele, de forma a que os nossos narizes se tocassem. Conseguia sentir a respiração dele… – Tudo bem que eu sou meia ‘hippie’ … Mas tenho os pés assentes na terra…Não é tudo paz e amor, as relações desmoronam-se … é normal…!
- Não te posso prometer que seja para sempre, Ree. Mas neste momento eu quer que seja. Porque, sinceramente, nunca quis tanto alguém, como te quero a ti.
- “Que seja infinito enquanto dura”.
- O quê?
- Vinicius de Moraes. – Afirmei em voz baixa e a olhar para baixo. Eu podia já começar a pensar no fim. Mas… de que servia? Ele ia demorar mais por eu me preocupar mais com ele? Não.
Eu podia começar a pensar nisso… Mas não quero!
- Não quero que fiques triste. – Disse quando percebeu a minha reaçao – O que eu quero dizer é que se ficarmos-nos a perguntar se será para sempre, o nosso para sempre esgostasse. Talvez dure, talvez não. Mas eu quero que dure...
- Carpe Diem, aproveita o dia. Eu entendi.
- Talvez no meu caso, a noite. – Pois, já que ele só me vinha visitar á noite – Mas não penses que estou a fugir das minhas responsabilidades contigo. Não estou a usar isto como desculpa para fugir a um compromisso.
- Eu sei.
- Só quero deixar claro que a minha maior vontade seria ter sempre, a vida toda, mas, nas circunstâncias actuais, é impossível. É demasiado perigoso.
- Eu não me importo.
- Agora.
- Como é que sabes?
- Porque eu sei as limitações do nosso relacionamento
- Mas eu sei que vais-te fartar, um dia.
- Não vou, não...
- Vais sim, Ree. Não entendes?
- Estás a falar de sexo?
Foi a primeira coisa que me ocorreu. É claro que ao ritmo a que andávamos, um dia ia acontecer. Eu queria que assim fosse.
O Ian foi o namorado mais marcante até agora. Queria perder a virgindade com ele.
Com ele sentia-me segura. E apesar da diferença de 5 anos de idade, com ele não sentia-me abusada nem nada disso.
- O sexo não é o mais importante.
Não é o mais importante, como ele disse. O que implica que é importante… mas não muito. Mas é. xD
E depois deste pensamento, senti-me uma idiota. Senti-me uma idiota por ter ido para o lado carnal, por ter pensado no prazer físico e não no psicológico.
- Entao…? – disse ainda um pouco corada.
- Tu vais-te cansar… Quer dizer… Não podes andar comigo na rua, porque alguém me pode associar a ti e ficas a correr perigo… logo, não podemos casar nem ter bens, como uma casa, carros juntos. Não podemos vir a ter filhos… porque a vida dele ficaria em grande perigo. Não podemos…
- PÁRA! – Gritei e interrompi-o – Não quero saber nada disso!! Desde que estejamos juntos, não me interessa mais nada!
Mesmo que ele significasse o perigo, eu não o iria deixar.
Eu percebi que não o convencera. Era um bocadinho cabeça rija.
- Eu sei que um dia destes tu vais-te perguntar: Porque que é que eu namoro com um rapaz que é um assassino, e que eu corro o risco de ser assassinada por causa dele?